terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

Nuvem misteriosa surge em Marte e intriga pesquisadores espaciais (site Apolo11)
Embora o Planeta Vermelho seja altamente monitorado por sondas e jipes-robôs de última geração, quem causou todo o alvoroço foram os astrônomos amadores, em especial o estadunidense Wayne Jaeschke, que de sua casa na Pensilvânia foi o primeiro a ver uma estranha e inédita formação na borda sul marciana. De seu quintal, Jaeschke observou uma grande protuberância que parecia se projetar da superfície em direção à atmosfera e que nunca havia sido vista ou estava documentada em qualquer atlas do planeta. De acordo com o astrônomo, o evento durou 11 dias e só podia ser observado em um ângulo muito específico de reflexão. O registro se deu entre março e abril de 2012, mas só agora ganhou destaque internacional, depois que um estudo feito pela equipe do astrofísico Antonio García Muñoz, ligado à Agência Espacial Europeia, foi publicado na respeitada revista científica Nature. Depois da publicação do artigo, diversos astrônomos amadores e profissionais correram aos seus acervos na tentativa de ver com os próprios olhos a estranha e efêmera formação anunciada, mas que havia passado despercebida na ocasião. E lá estava a protuberância, vista em diversas cenas tomadas entre março e abril de 2012. Especulação Segundo os primeiros estudos, ao que tudo indica a feição é composta por nuvens que se formaram entre 200 a 250 quilômetros de altitude e que por motivos ainda não compreendidos passam por mudanças que as fazem sumir à medida que se deslocam pelo lado escuro do planeta. Em seguida, se formam novamente sob a luz solar. Alguns pesquisadores acreditam que a nuvem é composta por partículas de gelo seco (dióxido de carbono) ou de água, enquanto outros especulam sobre algum fenômeno ligado à interação entre o campo magnético da região e as partículas vindas do Sol, que poderiam criar uma espécie de aurora marciana. Imagens feitas pelo telescópio Hubble, 1997 no total, também revelaram a enorme pluma, mas como não foi um registro programado, não houve uma análise espectrográfica que pudesse analisar a composição química do fenômeno.

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